Muitos dos nossos clientes têm feito esse movimento sem se dar conta de que a gestão do imóvel demanda tanta atenção e cuidado quanto a própria operação da empresa. Os usuários estão acostumados à comodidade de um condomínio, onde sua única preocupação é a operação do negócio já que a taxa condominial cobre todas as demandas técnicas e administrativas da gestão do imóvel. Não raramente, encontramos erros importantes quando o proprietário ou ocupante tenta assumir essas responsabilidades de forma “caseira”, sem profissionalizar as atividades. Nos deparamos com falhas básicas como a falta de limpeza das caixas d’água, até outras mais graves como atrasos na renovação de AVCB ou extintores vencidos. Essas falhas, além de risco a vida, em um evento de sinistro deixam o usuário completamente descobertos em suas apólices de seguro, que exigem que a documentação obrigatória esteja 100% em dia.
Apagar incêndios nunca é a melhor alternativa.
Manter o edifício em pleno funcionamento é tão estratégico quanto a atividade principal desenvolvida ali. Resolver problemas após a falha costuma ser mais caro e, na maioria dos casos, quase impossível de solucionar dentro do prazo necessário. Equipamentos de grande porte, como elevadores e geradores, não têm peças disponíveis para pronta entrega. O tempo para compra, fabricação e instalação costuma ser longo, causando interrupções graves na operação. Quando a manutenção preventiva é negligenciada e o equipamento se deteriora, o custo de reparo pode facilmente superar o valor de um novo, além de comprometer a continuidade das atividades.
Tratando-se de condomínio, essa gestão profissional está diretamente ligada à vacância: grandes empresas já não aceitam ocupar imóveis onde os equipamentos não sejam assistidos com manutenção preventiva e que não possuam sua documentação em dia. Casos de processos trabalhistas e riscos operacionais têm levado companhias a deixar edifícios irregulares em busca de ativos que assegurem conformidade e eficiência. Ao mesmo tempo que vemos empresas com longas listas de pré-requisitos para locação, vemos muitos imóveis vagos que não atendem às condições mínimas exigidas.
Profissionalizar a gestão do ativo imobiliário não é um custo: é uma estratégia de preservação patrimonial, redução de risco e valorização do imóvel no longo prazo. Empresas que tratam o imóvel como parte essencial da operação, e não apenas como estrutura física, ganham eficiência, segurança jurídica e atraem melhores ocupantes. No mercado atual, não basta ter um imóvel bem localizado: é preciso ter um ativo saudável, com manutenção contínua, documentação impecável e operação preventiva.
Esse é o tipo de gestão que diferencia um imóvel que dá trabalho de um imóvel que gera valor.
Escrito por: Karen Moreira
